Adriana Queiroz Carvalho, era uma jovem, mãe de 2 filhos, casada, estava indo a caminho de uma escola para realizar a matrícula de seu filho, quando teve sua vida interrompida.
Foto: Reprodução da Internet
A tragédia aconteceu na quinta-feira (29), por volta das 8h30min da manhã. Ela foi atropelada pelo médico do exército, André Aguiar, na comunidade de São Brás, na rodovia Everaldo Martins, que liga Santarém a Alter do Chão. De acordo com testemunhas, André teria desviado de uma lombada e invadido o acostamento atropelando Adriana.
André mesmo sendo médico não parou para prestar socorro, abandonando o local após o ocorrido. Com o impacto do acidente Adriana morreu na hora.
A polícia conseguiu identificar o carro através das câmeras de segurança que ficam ao longo da rodovia. O carro foi apreendido ainda no mesmo dia, um Chery Tiggo 7 branco, que está no nome da Clínica Cardiomama, cujo proprietário é o cardiologista Francisco Aguiar, pai de André.
Foto: Jeso Carneiro
O assassino de Adriana Carvalho, prestou depoimento segunda-feira (2) na delegacia da Polícia Civil, no bairro do Aeroporto Velho. Acompanhado por seu advogado, André permaneceu calado durante o depoimento que durou pouco mais de 15 minutos, o caso segue sendo investigado pelo delegado Jair Castro.
Mas o que tem chamado atenção da população santarena é a forma como André tem sido tratado pela polícia e por parte da imprensa local. Pouco se tem comentado sobre o caso nas mídias desde que o motorista foi identificado.
O jornalista Jeso Carneiro, conhecido pelo seu veículo de comunicação, Blog do Jeso, é um dos poucos comunicadores que tem acompanhado os desdobramentos do caso.
Em entrevista ao Tapajós de Fato, Jeso Carneiro comentou sobre a cobertura, ou nesta situação, a falta dela que este caso vem recebendo.
“Quando um caso, policial, principalmente, envolve poderosos, a tendência é de cobertura pífia, escassa, superficial. É um modus operandi nacional, que se potencializa ainda mais em cidades médias e menores, caso de Santarém”.
Essa tentativa de "abafamento" da notícia, seria única e exclusivamente pelo poder econômico e social que as pessoas investigadas na tragédia possuem na cidade.
A população pede às autoridades competentes que o caso seja tratado com transparência nas investigações para que haja justiça pela morte de Adriana Carvalho, e que a mídia local haja com imparcialidade frente a cobertura do caso.