Produtores culturais reúnem-se com Ministério da Cultura para debater políticas públicas culturais para o Pará

O encontro de fazedores e fazedoras culturais com a ministra Margareth Menezes, do Ministério da Cultura, foi de suma importância para inserir novamente o Pará dentro dos debates e construções de políticas públicas do país.

16/03/2023 às 17h00
Por: Adrielly Pantoja Fonte: Tapajós de Fato
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Na manhã de ontem, quarta-feira (16), produtores e representantes culturais do oeste do Pará reuniram-se com o deputado federal Airton Faleiro e com a ministra Margareth Menezes, do Ministério da Cultura (MINC).

 

O encontro fazia parte da agenda do deputado, que convidou esses representantes culturais do estado para debater e articular as pautas amazônidas, além de falar sobre o protagonismo dos fazedores e fazedoras de cultura no processo de reconstrução das políticas culturais do país.

 

O principal objetivo da reunião era a respeito da participação do estado nas decisões nacionais para o setor cultural, vale ressaltar que na montagem da pasta ministerial não há representantes amazônidas, sendo assim esse encontro é fundamental para entender de que forma o norte será inserido nas pautas culturais do país.

 

Segundo a publicação de Priscila Castro, em suas redes sociais, que participou da reunião - representando o Fórum de Culturas do Pará e a Comissão de Fazedores e Fazedoras de Cultura de Santarém - uma das sugestões dadas pelo deputado Airton foi a criação de um GT para debater a formulação de políticas públicas que contemplem as especificidades da região amazônica.

 

Na pauta protocolada pelo deputado no MINC, é sugerida a criação de um Programa de Cultura para a região amazônica, este projeto seria uma forma de “combater a barbárie advinda dos últimos anos em que atingimos o maior índice de desmatamento, de garimpo ilegal, de contaminação das águas, de genocídio da população indígena”, uma resposta a tudo que os povos da região amazônica vêm enfrentando, é preciso uma política cultural forte, que potencialize os cultivos desses territórios em termos estéticos, de referenciais simbólicas e valores de vida. 

 

Um passo importante deste processo seria a reinstalação do Escritório Regional do Minc no Pará, isso fortaleceria a atuação do Minc dentro do Pará, além de facilitar a comunicação entre o ministério e os fazedores de cultura.

 

Priscila Castro destacou que sua fala na reunião foi voltada para a urgência dos fazedores de cultura amazônida protagonizarem todas as atividades e ações de políticas públicas que se pensam para a nossa região, “porque somos nós que sabemos como se faz cultura no Pará e na Amazônia!”.

 

Outro assunto apresentado para a ministra foi o ‘custo amazônico’, as dinâmicas únicas da região que deixam a produção cultural muito mais cara, uma problemática que deve ser dialogada no Minc.

 

“Eu e os demais representantes do Oeste do Pará, falamos também sobre a necessidade de mais equipamentos públicos de cultura para Santarém e o sonho de um teatro para a nossa cidade. A ministra se mostrou muito sensível sobre este pedido, nossa cidade merece ter um palco digno para todos os nossos artistas”, Priscila Castro via instagram.

 

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) também foi assunto no encontro, a ideia é adaptar uma uma sala ou auditório para criar um Cinema Popular em Santarém.

 

Esse encontro é um ponto de partida para a inserção do Pará dentro da pauta cultural do país, um estado extremamente rico em produção cultural deve estar presente em um espaço tão importante como o Ministério da Cultura.

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