Segunda, 07 de Outubro de 2024
Educação Manifestação

Precariedade no sistema educacional: estudantes da rede de ensino médio cobram por melhorias na infraestrutura e serviços do Colégio Wilson Dias da Fonseca, em Santarém

Desde o final do ano passado, o Colégio Wilson Dias da Fonseca sofre com o problema de inundação do segundo pavilhão do prédio por conta de danos estruturais na caixa d’água, localizada sobre o prédio, obrigando os alunos a estudarem em formato de rodizio, utilizando apenas o 1º pavilhão do prédio.

06/03/2024 às 14h11 Atualizada em 04/04/2024 às 14h41
Por: Tapajós de Fato Fonte: Tapajós de Fato
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              Fotos: Arthur Samuel
              Fotos: Arthur Samuel

Educação de qualidade é um dos direitos sociais fundamentais estabelecido na Constituição Federal de 1988. A formação durante os primeiros anos de vida de um indivíduo, determina o futuro para qual deseja trilhar. Infelizmente no Brasil a realidade pela qual os estudantes da rede pública de ensino vivem é completamente diferente da qual eles têm direito.

Diariamente, diversos relatos, notícias, publicações nas redes sociais são visualizadas retratando o cenário alarmante em que se encontram as unidades de ensino Brasil a fora. Em Santarém, Pará, não seria diferente. Recentemente, a equipe do Tapajós de Fato recebeu relatos de colégios em estados críticos, chegando a comprometer o ensino dos alunos ali presentes, criando até situações de risco de vida.

É o caso dos alunos da Escola Wilson Dias da Fonseca, que cansados de conviver com as péssimas condições da estrutura do colégio saíram pelas ruas em forma de protesto, cobrando por melhorias e condições dignas de estudo.    

Foto: Arthur Samuel

Insatisfeitos com o descaso dos órgãos competentes responsáveis pela gestão do colégio, o grêmio estudantil, com o apoio da União Brasileira dos Estudantes (UBES), mobilizou os alunos do Colégio Wilson Dias Da Fonseca para a realização de uma manifestação cobrando respostas quanto aos ofícios enviados solicitando recursos para a reforma do prédio de salas de aulas. Foi então que no ultimo dia 4 de fevereiro de 2024, estes saíram pelas ruas do bairro Nova República manifestando seu desapontamento, assim como sua indignação quanto a situação precária em que se encontram as dependências do colégio.  

Foto: Arthur Samuel

Sobre a manifestação

Em entrevista ao Tapajós de Fato, o tesoureiro do grêmio estudantil Ravel da Silva, relata os motivos que os levaram a sair pelas ruas:

“Bom, o que levou a gente a fazer essa manifestação foi o descaso estatal do governo aqui na nossa escola, que é falta de serventes, falta de pedagogos e a questão estrutural que a gente está em sistema de rodízios e justamente por isso, não termos apoio estatal, que levou a gente para a rua. Todos os alunos se mobilizaram, a gente fez toda a parte formal, não fomos vistos e partimos para a rua”.

Foto: Arthur Samuel

O Tapajós de Fato ouviu também relatos dos estudantes que falaram acerca da situação atual das estruturas do colégio:

“A principal causa é a caixa d’água, que está atrapalhando nossa aula, estamos no sistema de rodízio, porque as salas estão tendo bastante filtração, o forro está cedendo. O telhado é outro fator de risco, juntamente com ele as calhas, que a maioria estão condenadas pelo engenheiro civil e o bombeiro. Uma das situações que nós enfrentamos é com os banheiros. Os banheiros não estão sendo limpos porque eles estão muito danificados pela parte de dentro. Tanto que eles já foram barrados. A secretaria da escola ordenou que barrassem os banheiros porque não está tendo mais condições de serem usados. Com tanto isso, a gente está sem banheiro, por enquanto.

              Fotos: Arthur Samuel

Desde o final do ano passado, o Colégio Wilson Dias da Fonseca sofre com o problema de inundação do segundo pavilhão do prédio por conta de danos estruturais na caixa d’água, localizada sobre o prédio, obrigando os alunos a estudarem em formato de rodizio, utilizando apenas o 1º pavilhão do prédio.

Além disso, alunos reclamam também da falta de servidores, como serventes, auxiliares de limpeza, pedagogos, entre outros, que sucateiam ainda mais o serviço educacional fornecido pelo colégio.  

Entramos em contato com a 5ªURE/SEDUC pedindo posicionamento a respeito da situação, mas até o momento da publicação desta matéria não obtivemos respostas.

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