Na quinta-feira, 28 de novembro de 2024, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) inauguram às 15h, em Santarém (PA), mais uma das seis afrotecas resultado da parceria entre as instituições.
Instalada no Núcleo de Salas de Aulas (NSA), a Afroteca Curumim irá atender, em média, 300 mães estudantes da Unidade Tapajós da Ufopa. A secretária de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo do MIR, Márcia Lima; a reitora da Ufopa, Aldenize Xavier; e o professor Luiz Fernando de França, coordenador do Afroliq, estavam no lançamento da Afroteca Curumim e falaram com a imprensa.
No total, são R$ 695.310,00 de investimento do MIR para viabilizar a instalação desses espaços em municípios paraenses, sendo quatro delas, em território quilombola. Elas atenderão os municípios de Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná. Curumim - O novo espaço de acolhimento e de educação antirracista será gerenciado pela Pró-reitoria de Gestão Estudantil (Proges), por meio da Diretoria de Políticas Estudantis e Ações Afirmativas (DPEAA).
Cerca de 80% das mães matriculadas na Ufopa são negras, quilombolas ou indígenas, fazendo com que esse seja o público majoritariamente atendido. “A implementação de uma afroteca na Ufopa foi pensada como uma política de permanência materna e paterna na universidade, garantindo um espaço de acolhimento infantil para as filhas e os filhos dos nossos estudantes. Também é um espaço aberto para acolher outras crianças que não tenham relação direta com a Ufopa”, afirma o Pró-Reitor de Gestão Estudantil, Luamim Sales Tapajós.
Afrotecas – Tecnologia educacional inovadora, a proposta desses espaços foi desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-amazônica e Quilombola (Afroliq), coordenado pelo professor Luiz Fernando de França e vinculado ao curso de Licenciatura em Letras do Instituto de Ciências da Educação (Iced).
As afrotecas promovem formas afirmativas de ver e valorizar a identidade das nossas raízes negras, bem como propõem a criação de formas de brincar a partir de uma perspectiva antirracista. Elas também são oportunidade de valorização dos materiais didáticos que envolvam a representatividade racial e estejam de acordo com a Lei 10.639/2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira.