Terceiro módulo da Escola de Comunicação Popular do Oeste do Pará do Tapajós de Fato debate a importância das redes sociais para o trabalho de comunicadores populares e jornalistas

Dialogou-se que a comunicação popular trouxe grandes mudanças para essas plataformas, e um dos exemplos é a transição da comunicação vertical para a horizontal. Na comunicação vertical, o fluxo é de cima para baixo, resultando em pouco espaço para participação ou resposta. Já na comunicação horizontal, muitos falam com muitos, promovendo vozes diversas e múltiplos pontos de vista, além de incentivar a participação ativa e a interatividade.

11/04/2025 às 11h57 Atualizada em 11/04/2025 às 12h09
Por: Tapajós de Fato Fonte: Tapajós de Fato
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-Esta produção textual foi feita por Thais Oliveira, comunicadora popular e integrante do Coletivo Guardiões do Bem Viver, que está contribuindo através de bolsa na comunicação da Escola de Comunicação Popular do Oeste do Pará

No dia 5 de abril, aconteceu mais uma aula presencial na Escola de Comunicação Popular do Oeste do Pará, com o tema "Redes Sociais", na Universidade Federal do Oeste do Pará - Ufopa. A aula foi conduzida por João Paulo e José Marcos, comunicadores populares do Tapajós de Fato.

Durante a aula, foi exposto aos alunos como as redes sociais são espaços virtuais onde todos podem ser, ao mesmo tempo, emissores, receptores e produtores de conteúdo. Esses ambientes online permitem conectar, compartilhar informações, ideias e interesses, facilitando a comunicação entre indivíduos, grupos e organizações.

Aula do terceiro módulo da Escola de Comunicação Popular do Oeste do Pará / Foto: Tapajós de Fato

 

Foi explorado também as diversas ferramentas que compõem a mídia social, como sites, blogs, e-mails, podcasts, plataformas de vídeos e aplicativos de mensagem. Destacando o papel político das redes sociais, que permitem a disputa de narrativas e versões dos fatos.

Dialogou-se que a comunicação popular trouxe grandes mudanças para essas plataformas, e um dos exemplos é a transição da comunicação vertical para a horizontal. Na comunicação vertical, o fluxo é de cima para baixo, resultando em pouco espaço para participação ou resposta. Já na comunicação horizontal, muitos falam com muitos, promovendo vozes diversas e múltiplos pontos de vista, além de incentivar a participação ativa e a interatividade.

Essa transformação democratiza o acesso à informação, gera oportunidades de visibilidade para causas que antes eram invisíveis e desmantela a exclusividade do poder de comunicar.

Dinâmica com os alunos / Foto: Tapajós de Fato

 

Discutiu- se também, que ao planejar uma campanha nas redes sociais, é essencial considerar questões fundamentais: qual é o objetivo, quem é o público-alvo, qual é a linguagem adequada e qual imagem acompanhará a mensagem. Os formatos de conteúdo podem variar entre texto, imagens e carrosséis, dependendo do que melhor se adequar à comunicação desejada.

Por fim, é crucial ter atenção ao consumir e compartilhar informações, garantindo a veracidade e a qualidade das notícias. A responsabilidade na disseminação de informações é fundamental em um mundo cada vez mais conectado.

 

Sobre a Escola

A Escola de Comunicação Popular do Oeste do Pará é um projeto inédito na região Oeste do Pará, nasceu a partir da parceria entre a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), por meio da Pró-Reitoria de Cultura, Comunidade e Extensão (PROCCE), e o veículo independente de comunicação Tapajós de Fato.

Estruturado em módulos, o curso tem duração de oito meses, com um total de 160 horas. Cada módulo tem a duração de um mês, dividido entre aulas presenciais e plantões on-line para acompanhamento e tira-dúvidas. São abordados temas como redes sociais, texto jornalístico, fotografia, vídeo, segurança digital, rádio, design gráfico, entre outros elementos essenciais para o bom desempenho de comunicadores populares nos territórios.

Com a missão de fortalecer a comunicação popular na região, a Escola é guiada a partir das experiências do jornal Tapajós de Fato, que surgiu no ano de 2020 com o objetivo de ecoar as realidades vivenciadas pelos povos do Tapajós, e ao longo desses anos além, do trabalho de informar, também desempenha o papel de formar comunicadores a partir de atividades de educomunicação realizadas em diversos territórios, como aldeias, assentamentos, resex, entre outros.

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