O Tapajós de Fato é um veículo de Comunicação independente e alternativo que atua na região oeste do estado do Pará, constituído a partir da necessidade de fazer comunicação por meio de construções coletivas entre organizações do movimento social e ambiental, a partir de uma visão sobre os impactos dos grandes projetos previstos para a região, bem como, pautas que interferem diretamente no modo de vida amazônida, entre elas: Mudanças Climáticas e a Justiça Socioambiental.
Tem utilizado as plataformas em que atua para ecoar as vozes dos povos das mesorregiões Baixo Amazonas e Tapajós, por meio de matérias, reportagens, conteúdo audiovisual e podcasts denunciando o avanço dos grandes projetos que visam o lucro, e desconsideram a existência dos povos que vivem nos territórios.
Ao longo das últimas semanas, o Tapajós de Fato tem sido alvo de uma série de ameaças e ataques, após denúncias sobre a venda ilegal de terras e a especulação minerária em um assentamento localizado no município de Santarém, o PAE Lago Grande.
Na tarde desta segunda-feira (21), o Sinjor (Sindicato dos Jornalistas) do Pará e a seção estadual da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), assinaram uma nota em repúdio às tentativas de intimidação sofridas pela equipe deste veículo de comunicação.
A nota destaca que:
“Os ataques aos profissionais de comunicação representam graves ameaças, tanto à democracia, como à liberdade de informação e expressão. Cercamentos da liberdade de imprensa serão combatidos.”
Organizações parceiras do Tapajós de Fato, como a FASE, destacam a atuação do veículo em nota de apoio: “Esta não é uma ameaça só à liberdade de imprensa, mas também a todos que lutam pela proteção da natureza e qualquer outro tipo de violação.”
A Casa Ninja Amazônia também repudiou em suas plataformas os ataques, e teve o seu conteúdo repostado, inclusive, pela Deputada Federal Vivi Reis (PSOL), e pela Secretária Geral da CUT Nacional Carmen Foro.
Medidas estão sendo tomadas após estas diversas tentativas de intimidação.
O Tapajós de Fato afirma que seguirá fazendo comunicação por meio das plataformas em que atua, bem como em conexão com as organizações, coletivos e movimentos sociais e ambientais que constroem a sua história até aqui.