Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU), utilizou o dia 20 de fevereiro para marcar o Dia Mundial da Justiça Social a fim de levar a conscientização sobre a igualdade entre os povos, e o respeito à diversidade.
Também em 2015 a ONU promoveu a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, com o objetivo de concretizar o compromisso entre governos, empresas e toda a sociedade como um guia de ação e justiça social.
São 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) para serem alcançados, dentre eles estão: acabar com a pobreza; alcançar a segurança alimentar; educação para todos, assim como o direto de conviver com a natureza preservada, esses objetivos estão conectados com a Justiça Social.Desta forma, o significado de Justiça Social passa a contemplar o compromisso do Estado e da Sociedade em compensar as desigualdades sociais, garantindo a qualidade de vida de toda população com políticas públicas de saúde, educação, meio ambiente, cultura, esporte, lazer, assistência social, dentre outras.
Por essa lógica, entende-se que a justiça social é um mecanismo que busca fornecer o que cada cidadão tem por direito: assegurar as liberdades políticas e os direitos básicos, oferecer transparência na esfera pública e privada e oportunidades sociais.
Amazônia
Na região Amazônica, a questão de Justiça Social exige estratégias para compartilhar experiências de desenvolvimento que integram a proteção da biodiversidade, os direitos sociais e o bem-estar das populações locais.
Em um contexto de acumulação capitalista, observa-se o empobrecimento da população em meio a riquezas naturais da região, construindo um paradoxo do que percebemos como questão social.
Conservar a biodiversidade da Amazônia e a floresta em pé, também é um projeto de desenvolvimento econômico e social para alcançar outros níveis de desenvolvimento social é preciso enxergar a floresta como uma oportunidade de desenvolvimento e não um obstáculo ou um “projeto de atraso” a manutenção da floresta é a permanência do bem estar social, desenvolvimento da economia sustentável e para além disso é a sobrevivência de povos e culturas.
Um exemplo de iniciativas de Justiça Social na Amazônia é o estudo “Amazônia no Século XXI: capital natural, desenvolvimento sustentável e justiça social”, coordenado pela SITAWI Finanças do Bem e pelo Instituto Juruá, que discute estratégias e compartilhamento de experiências positivas de desenvolvimento local que integram a proteção da biodiversidade, os direitos sociais e bem-estar das populações locais.
Como o caso da região do Rio Juruá, um dos principais afluentes do rio Amazonas, que vem se destacando pelas iniciativas que combinam ações de conservação da natureza, ciência e tecnologia voltadas para o manejo sustentável dos recursos naturais e a união social. Trata-se de uma região onde associações e cooperativas locais, em parceria com uma rede de diversos parceiros, gerenciam a comercialização de diversos produtos locais, com destaque para o pirarucu selvagem de manejo e os óleos vegetais. As iniciativas se juntam e configuram em uma rede potente de conhecimento produtivo, proteção territorial e inclusão social.
Estes debates sobre a Justiça Social dentro da Amazônia, principalmente da economia deve ter como ideia o “Amazonizar” todos estes processos, isto é, servir como um modelo para sustentar a vida em respeito a natureza e cultura local
Por fim, o Tapajós De Fato deseja a todos um dia mundial da Justiça Social reflexivo na garantia de direitos e harmonia entre o social e o natural.