A história do samba se mistura com a história do Brasil, ao longo dos anos, nunca perdeu sua raiz cultural, e hoje é reconhecido como patrimônio imaterial do Brasil.
O samba que é berço de luta e resistência fez grandes nomes na música, mas, o nome de mulheres só surgiram após muita luta, e hoje temos grandes figuras femininas que apesar das dificuldades, conseguiram romper essa barreira machista dentro da cultura e se tornaram grandes referências, como Dona Ivone Lara, Leci Brandão e Tia Ciata, que representam a luta e a história das mulheres no samba.
Diante de dificuldades históricas para mulheres no meio cultural e nas rodas de samba, no dia (5) de março o coletivo Tem Mulher na Roda de Samba, fará seu lançamento, com intuito de encorajar e fortalecer mulheres no samba.
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O Tapajós de Fato ouviu Cristina Matos, integrante e idealizadora do coletivo Tem Mulher na Roda de Samba, que explicou como funcionará e o que esperam com esse projeto.
O coletivo Tem Mulher na Roda de Samba é o primeiro coletivo de mulheres do norte, faz parte de um movimento nacional de mulheres na roda de samba, que não se limita apenas a mulheres cantoras, mas também a instrumentistas, percussionistas, cenotécnica, direção de palco, técnicas de som, segundo Cristina é um conjunto de mulheres que integram a cena musical.
Apesar do lançamento acontecer apenas no dia 5 de março, o coletivo já participou em dezembro do IV Encontro Nacional e Internacional de Mulheres na roda de samba, marcando a presença do Pará no evento, de acordo com a idealizadora do projeto.
Para Cristina, o coletivo se materializa e se fortalece na divulgação do trabalho das mulheres na roda de samba, onde buscam fortalecer não apenas a música, mas também as mulheres empreendedoras, entendendo que muitas das mulheres participantes têm outras profissões e não vivem apenas da música.
O coletivo busca ajudar no empoderamento de mulheres através da arte, da cena cultural, assim como serem madrinhas de novas cantoras que queiram participar da roda de samba, desta forma, Cristina Matos acredita que o coletivo ajudará nesse novo cenário de mulheres no samba na região norte.
A cantora ressalta que o coletivo não vem para dividir ou tomar o espaço dos homens no samba, mas para agregar e fortalecer o samba, que sempre foi instrumento de resistência e de fortalecimento das minorias.
Segundo Cristina, o samba é um espaço democrático e deve ser usado também como instrumento de educação, por isso, acredita que o coletivo pode somar-se a esse movimento e contribuir com o samba que é feito na Amazônia, principalmente no samba feito por mulheres amazônidas, desta forma Cristina ressalta que a proposta do movimento é fazer este intercâmbio cultural entre mulheres do norte, que é um dos propósitos do coletivo.
Cristina Matos, idealizadora do coletivo convida a todos para se inscreverem no canal do coletivo e a prestigiarem o lançamento dia 5, às 18 horas através de transmissão ao vivo na plataforma Youtube.