No último final de semana, no município de Itaituba, veio à tona um caso de injúria racial contra uma professora da Faculdade de Itaituba (FAI), do curso de Fisioterapia, a vítima acabou pedindo desligamento da faculdade particular após o episódio.
Em conversas vazadas do grupo de WhatsApp da turma, alguns comentários racistas para se referir a professora foram "(...) nossa querida fuá", "safada", "ela não lava os cabelos". Após a divulgação do conteúdo das mensagens, o diretor da faculdade concedeu entrevista a um jornal local.
Entre suas falas, o diretor da instituição disse o seguinte: "os ofendidos que fossem atrás da justiça”. Após repercussão negativa da sua fala, o diretor fez um vídeo que foi divulgado nas redes sociais da Faculdade de Itaituba (FAI), onde se retratou e disse que tomaria medidas.
No dia 18 de abril, a FAI divulgou um comunicado nas redes sociais, no qual anuncia “a criação da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar para apuração de falta disciplinar por suposta prática de injúria racial, garantindo a ampla defesa e contraditórios aos envolvidos”, quem assina o comunicado é o diretor geral da faculdade, Abel Huyapuan de Sá Almeida, o mesmo que antes da repercussão do caso informou que “os ofendidos que procurem a justiça”.
A turma de fisioterapia XIV da UEPA divulgou em seu instagram uma nota de repúdio contra o episódio racista e prestou solidariedade à professora que sofreu injúria racial na FAI. Na nota a turma criticou ainda o gestor da instituição que no primeiro momento não teve empatia com a vítima e tentou desqualificar a ofensa, e finalizam a nota afirmando que “racismo não é opinião, não é brincadeira, racismo é crime”.
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), já instaurou o procedimento relacionado ao crime de injúria racial e no domingo (17), entraram em contato com a professora para ouvi-la sobre o ocorrido.
O Tapajós de Fato não conseguiu contato com a professora até o final da matéria, que neste momento está recolhida com familiares no interior.