Representando 20% do eleitorado, na última eleição brasileira de 2020, os idosos são pessoas que acompanham e participam das lutas pelo restabelecimento da democracia no Brasil.
Todos os cidadãos com mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm direito a escolher seu representante por meio do voto.
No entanto, o voto é facultativo para os cidadãos de 16 e 17 anos, bem como para aqueles com mais de 70 anos. Para o restante da população, o voto é obrigatório.
Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro para 76 anos, em 2018, segundo dados divulgados em 2019 pelo IBGE, cresce o número de eleitores acima de 69 anos. Nas eleições de 2010, por exemplo, essa parcela da população já representava 6,2% do eleitorado. Em 2020, essa marca subiu para 20% do eleitorado, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral - TSE.
Os idosos que não deixam de votar, valorizam esse direito e confiam na sua importância nas tomadas de decisão. A consciência dos direitos dos idosos tem crescido muito, eles podem e devem contribuir para a solução dos problemas que lhes afetam. É preciso ouvir com atenção todos os candidatos, conhecer seus planos de governo e, principalmente, saber se o segmento idoso está incluído nestes.
Dessa forma, deve-se usar o poder de votar para articular e participar da Política Municipal, estadual e federal do Idoso, sabendo que o voto é de extrema importância e faz a diferença na escolha de nossos representantes.
O voto é a forma pela qual todo cidadão pode escolher quem o representará na elaboração de leis e na aplicação do dinheiro público, para melhoria do país, dos estados e dos municípios. Por isso, é necessário que os cidadãos estejam conscientes de que a escolha exercida nas eleições influencia a vida de todos.
Neste ano de 2022, será mais um ano de escolha de representantes, ou seja, é uma das eleições mais importantes para o país. O primeiro turno está marcado para o dia 02 de outubro e o segundo turno para o dia 29 de outubro.
O voto para os idosos acima de 70 anos deixa de ser obrigatório no Brasil, mas recentemente aconteceu uma mudança para a comprovação de vida para os aposentados do INSS, fazendo assim com que o idoso compareça ao banco para provar que está vivo, surgiram então novas regras para fazer o registro de existência, e uma delas é votando nas eleições, assim o idoso também provará que permanece vivo e não correrá o risco de perder seu benefício.
Muitos idosos quando chegam aos 70 anos, já deixam de votar, porque dizem que não é mais obrigatório, mas ao contrário da maioria, seu Elizeu Batista, do bairro Uruará em Santarém, que nos seus 78 anos faz questão de votar.
“Eu faço questão de votar, porque é nossa oportunidade de escolher nosso representante, e de colocar nossa opinião”.
Elizeu Batista relatou ainda que, “no dia da eleição eu faço questão de me arrumar, de preparar meus documentos e exercer meu dever, e enquanto eu tiver vivo e com saúde eu vou votar com certeza, precisamos escolher quem também vai trabalhar nas nossas pautas e pelos nossos direitos”.
Ao Tapajós de Fato, seu Elizeu reforçou o convite aos outros idosos para ir votar este ano.
“Todos nós precisamos votar esse ano, e os outros idosos também precisam votar, esse ano nosso voto vai fazer toda a diferença, precisamos devolver o Brasil aos brasileiros e reconquistar nossa democracia, teremos novamente nossos direitos conquistados, então nós idosos vamos votar, mesmo se você já passou dos 70, vamos comparecer às urnas e não vote em nulo ou em branco”.
O direito ao voto aos cidadãos com 70 anos ou mais deve ser sempre respeitado e exercido de acordo com todas as normas legais vigentes, por ser esta a única alternativa a viabilizar a construção de uma sociedade efetivamente democrática e justa, já que o voto é o símbolo da vontade de quem o expressa, independentemente da idade que se tenha.