A importância do voto dos idosos para a manutenção da democracia

Direito respeitado, voto representativo e a participação na festa da democracia de 2022.

20/06/2022 às 11h18
Por: Tapajós de Fato Fonte: Tapajós de Fato
Compartilhe:
Foto reprodução
Foto reprodução

Representando 20% do eleitorado, na última eleição brasileira de 2020, os idosos são pessoas que acompanham e participam das lutas pelo restabelecimento da democracia no Brasil. 

 

Todos os cidadãos com mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm direito a escolher seu representante por meio do voto.

 

No entanto, o voto é facultativo para os cidadãos de 16 e 17 anos, bem como para aqueles com mais de 70 anos. Para o restante da população, o voto é obrigatório.

 

Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro para 76 anos, em 2018, segundo dados divulgados em 2019 pelo IBGE, cresce o número de eleitores acima de 69 anos. Nas eleições de 2010, por exemplo, essa parcela da população já representava 6,2% do eleitorado. Em 2020, essa marca subiu para 20% do eleitorado, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral - TSE.

 

Os idosos que não deixam de votar, valorizam esse direito e confiam na sua importância nas tomadas de decisão. A consciência dos direitos dos idosos tem crescido muito, eles podem e devem contribuir para a solução dos problemas que lhes afetam. É preciso ouvir com atenção todos os candidatos, conhecer seus planos de governo e, principalmente, saber se o segmento idoso está incluído nestes. 

 

Dessa forma, deve-se usar o poder de votar para articular e participar da Política Municipal, estadual e federal do Idoso, sabendo que o voto é de extrema importância e faz a diferença na escolha de nossos representantes.

 

O voto é a forma pela qual todo cidadão pode escolher quem o representará na elaboração de leis e na aplicação do dinheiro público, para melhoria do país, dos estados e dos municípios. Por isso, é necessário que os cidadãos estejam conscientes de que a escolha exercida nas eleições influencia a vida de todos.

 

Neste ano de 2022, será mais um ano de escolha de representantes, ou seja, é uma das eleições mais importantes para o país. O primeiro turno está marcado para o dia 02 de outubro e o segundo turno para o dia 29 de outubro.

 

O voto para os idosos acima de 70 anos deixa de ser obrigatório no Brasil, mas recentemente aconteceu uma mudança para a comprovação de vida para os aposentados do INSS, fazendo assim com que o idoso compareça ao banco para provar que está vivo, surgiram então novas regras para fazer o registro de existência, e uma delas é votando nas eleições, assim o idoso também provará que permanece vivo e não correrá o risco de perder seu benefício.

 

Muitos idosos quando chegam aos 70 anos, já deixam de votar, porque dizem que não é mais obrigatório, mas ao contrário da maioria, seu Elizeu Batista, do bairro Uruará em Santarém, que nos seus 78 anos faz questão de votar.

 

“Eu faço questão de votar, porque é nossa oportunidade de escolher nosso representante, e de colocar nossa opinião”.

 

Elizeu Batista relatou ainda que, “no dia da eleição eu faço questão de me arrumar, de preparar meus documentos e exercer meu dever, e enquanto eu tiver vivo e com saúde eu  vou votar com certeza, precisamos escolher quem também vai trabalhar nas nossas pautas e pelos nossos direitos”. 

 

Ao Tapajós de Fato, seu Elizeu reforçou o convite aos outros idosos para ir votar este ano.

 

“Todos nós precisamos votar esse ano, e os outros idosos também precisam votar, esse ano nosso voto vai fazer toda a diferença, precisamos devolver o Brasil aos brasileiros e reconquistar nossa democracia, teremos novamente nossos direitos conquistados, então nós idosos vamos votar, mesmo se você já passou dos 70, vamos comparecer às urnas e não vote em nulo ou em branco”. 

 

O direito ao voto aos cidadãos com 70 anos ou mais deve ser sempre respeitado e exercido de acordo com todas as normas legais vigentes, por ser esta a única alternativa a viabilizar a construção de uma sociedade efetivamente democrática e justa, já que o voto é o símbolo da vontade de quem o expressa, independentemente da idade que se tenha.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Movimento Indígena pressiona e governo assina termo de compromisso de revogação da Lei 10.820/2024, no Pará
Vitória Histórica Há 3 meses Em Política

Movimento Indígena pressiona e governo assina termo de compromisso de revogação da Lei 10.820/2024, no Pará

A nove meses de ser estado sede da COP30, o Pará vivencia um momento histórico. Depois de 22 dias mobilizados, os indígenas têm suas demandas atendidas. Como diz a letra do canto “eu balanço, eu balanço, eu balanço mais não caio e quando eu vou cair tem meu Tupã pra segurar…”.
Indígenas ocupam a SEDUC em Belém contra a extinção do Somei e denunciam a repressão do governo
Manifestação Há 4 meses Em Política

Indígenas ocupam a SEDUC em Belém contra a extinção do Somei e denunciam a repressão do governo

“Nós temos o objetivo de não arredar o pé daqui. Não vamos arredar o pé daqui. Então, se eles quiserem matar nós dentro dessa sala, eles vão matar, mas nós não vamos sair daqui”, Poró, líder indígena.
Audiência pública em Santarém discute impactos da crise climática e segurança alimentar no Oeste do Pará
Crise climática Há 5 meses Em Política

Audiência pública em Santarém discute impactos da crise climática e segurança alimentar no Oeste do Pará

Representantes da sociedade civil, movimentos sociais e parlamentares destacam a necessidade de políticas públicas atualizadas e apoio emergencial para enfrentar os desafios da seca, queimadas e escassez de alimentos na região.
Violência política pré-eleições em 2024 é 130% maior do que nas últimas eleições municipais
Eleições 2024 Há 8 meses Em Política

Violência política pré-eleições em 2024 é 130% maior do que nas últimas eleições municipais

Até o dia 15 de agosto, ano registrou um episódio de violência política a cada 1,5 dia. Só no periodo pré-eleitoral foram 145 casos, entre assassinatos, ameaças e atentados.