Iniciou no último sábado, dia 29 de outubro, na sede do CEFT-BAM, o 1° módulo de formação da oficina do Clube da Luta Feminina em parceria com a Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Santarém (AMTR), sobre mídias sociais.
Atuando há cerca de 2 anos no município de Santarém, o Clube da Luta Feminina é um projeto que tem como bandeira o empoderamento econômico das mulheres autônomas, trabalhando com formações gratuitas em áreas que as auxiliem para criarem e manterem sua independência financeira. O projeto já realizou formações nas áreas de Manicure e Pedicure, Biojoias, E.V.A. e de Empreendorismo.
Foto:Tapajós de Fato
E neste 5° módulo de formação, a novidade é a parceria com a AMTR. A ideia surgiu a partir do intercâmbio que aconteceu na comunidade de Carariacá, em Setembro. Isabelle Maciel, coordenadora do Clube, comentou sobre essa parceria.
"O mais bacana de agora é que a gente conseguiu uma parceria com a AMTR, que é a Associação de Mulheres dos Trabalhadores Rurais. A AMTR embarcou nessa com a gente. Ajudou principalmente financeiramente e aí as mulheres da associação vão está participando, o objetivo delas é fortalecer as redes sociais da associação".
O objetivo é capacitar as mulheres que trabalham dentro da AMTR, para que elas possam fazer a divulgação de seus produtos e também ajudar a coordenação.
"Como nós temos mulheres que já fazem essa divulgação em redes sociais e a gente percebe que elas têm muita dificuldade com isso, decidimos apoiar, entrar como parceiras nessa oficina", acrescenta Keyse Costa, coordenadora da AMTR.
Foto: Tapajós de Fato
Essas oficinas são essenciais principalmente com o crescimento do número de mulheres microempreendedoras no Brasil durante a Pandemia da Covid-19, cerca de 41% em 2020, de acordo com o LinkedIn.
Damilly Yared, social mídia do Tapajós de Fato e responsável pelas oficinas, comentou sobre o intuito do projeto.
"Recebi o convite da Isabelle, pra que a gente pudesse ajudar mulheres aqui em Santarém, que são autônomas, que têm pequenos empreendimentos e precisam melhorar de certa forma o seu negócio, ter uma renda. Acho que quando a gente pensa nas mulheres que geralmente têm jornada dupla, jornada tripla e precisam das redes sociais como suporte pra melhorar os empreendimentos que elas têm, até mesmo pra que elas consigam ter uma independência financeira, consigam ser as provedoras da casa".
Foto:Tapajós de Fato
A maioria dessas mulheres são mães solos e estão numa área de periferia, e através dessas oficinas elas poderão fortalecer seus empreendimentos, potencializá-los e também ajudar outras mulheres.
Normélia Maciel, secretária geral da Associação das Organização de Mulheres do Baixo Amazonas (MTBAM), ressaltou a importância desse trabalho com as mulheres.
"Então pra nós esse curso de mídias sociais, de redes sociais é muito importante porque vai nos dar um leque pra divulgarmos os nossos trabalhos como associação, e ajudar nossas companheiras nas suas cidades, e também alavancar seus empreendimentos. Vamos passar esse curso pras demais companheiras para que elas possam repassar pras outras companheiras nos seus municípios e divulgar cada vez mais o trabalho delas como empreendedoras".
“Esta reportagem foi produzida com apoio do programa Diversidade nas Redações, da Énois, um laboratório de jornalismo que trabalha para fortalecer a diversidade e inclusão no jornalismo brasileiro".