Domingo, 26 de Janeiro de 2025
Empate Fatalidade

Tragédia na Caminhada de Fé com Maria poderia ter sido evitada?

Com quase 10 dias desde a tragédia, alguns questionamentos continuam abertos, vários fiéis destacam que a falta de segurança e organização contribuiu para que a tragédia acontecesse na Caminhada de Fé com Maria.

13/12/2022 às 14h03
Por: Adrielly Pantoja Fonte: Tapajós de Fato
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Foto da internet
Foto da internet

Tradicionalmente realizada durante as festividades de Nossa Senhora da Conceição, a Caminhada de Fé com Maria é um dos momentos de maior comoção e expressão de fé entre os  devotos. 

 

Mas esse ano a caminhada não ficou marcada apenas por demonstrações de fé e devoção à padroeira de Santarém, e sim por causa de uma tragédia que comoveu todo o estado do Pará. 

 

Como de costume, o percurso iniciou na cidade de Mojuí dos Campos, seguindo pela BR-163 até a Praça da Matriz, tudo ocorria bem até o início da madrugada, quando um carro invadiu a pista onde estavam os fiéis, atropelando e tirando a vida de pessoas inocentes.

 

Dentro do veículo haviam 3 homens, e ao ser preso em flagrante pela polícia, o motorista apresentava sinais de embriaguez. A tragédia deixou vários feridos e 2 vítimas fatais, sendo mãe e filho.

 

Vale ressaltar que esta é a 28° edição da Caminhada de Fé com Maria, e foi a primeira vez que aconteceu um fato como este, levantando alguns questionamentos pela população santarena.

 

Várias testemunhas estranharam o tráfego de veículos desde o início da caminhada, e informaram que não havia barreiras ao longo da BR-163, somente na frente do 8° BEC, feita pelos fascistas que pediam intervenção militar. Heliny Oliveira foi uma delas.

 

"Desde cedo estava passando carro na estrada, todo mundo achou estranho, porque nos outros anos não era assim, era totalmente fechado, só passava carro de apoio, ambulância, e esse ano tinham muitos outros veículos," comenta ela. 

 

A falta de segurança e organização foram os pontos mais comentados entre as testemunhas, todos acreditam que isso contribuiu diretamente com o tamanho da tragédia.

 

"Não deveria estar passando veículos, devia ter mais segurança, tava muito bagunçado. Foi meu primeiro ano, mas meus amigos que já foram nos outros anos afirmaram que não passava carro nem nada, a via era toda pros fiéis", conclui Heliny.

 

Com todas essas questões levantadas em relação à falta de segurança, a equipe do Tapajós de Fato entrou em contato com a coordenação que organizou a caminhada deste ano, mas não obteve respostas até o presente momento.

 

Mesmo após 10 dias do acontecido, se faz extremamente necessário a apuração das autoridades competentes sobre essas questões levantadas pelos próprios caminhantes, para que tal tragédia não volte a acontecer.

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